sábado, 23 de agosto de 2014

Falando quem de fato está coordenando a campanha de Marina Silva

Marina e a baixaria contra Dilma (ou ela vai dizer que foi, novamente, um "mal-entendido")

"Maria Alice Setúbal, coordenadora do programa de governo de Marina Silva (PSB/Rede), disse em entrevista à Folha e ao Uol que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem “incapacidade política” e que seu perfil de gestora durona reproduz “uma liderança masculina”, que remete ao estereótipo do "coronelismo brasileiro". Para a herdeira do Banco Itaú, Marina é o oposto."

“Hoje, temos uma presidente cujo perfil é de gestão, pragmático, racional. Talvez o oposto da Marina. E o resultado que nós temos é bastante insatisfatório. (...)  O principal problema de Dilma é a questão política. Ela tem uma incapacidade de ouvir. (...) Acho que ela não tem capacidade política. Ela desagrega. O século 21 é o século do novo. Acho que Dilma reproduz uma liderança masculina. A Dilma é aquela pessoa dura, que bate na mesa, que briga, que fala que ‘eu vou fazer, eu vou acontecer, eu sei’. Isso é, no esteriótipo, do coronelismo brasileiro”

Vamos analizar 3 pérolas de análise contidas em longa entrevista que a herdeira do Itaú deu a Folha de São Paulo:

"Ela desagrega. Acho que Dilma reproduz uma liderança masculina."

1) Desagregar, que traduzido pode significar "ela e esse tal de BRICS", temos que dar um basta nisso;

"O século 21 é o século do novo."

2) Século do Novo, já sei, o século da tal "sustentabilidade", desde que esse palavra santa não interfira com a vida do Itaú, da Natura, da Globo, dos mais ricos e, principalmente, com o desenvolvimento e modo de viver dos EUA e Europa;

"Acho que Dilma reproduz uma liderança masculina - é aquela pessoa dura. - Isso é, no estereótipo, do coronelismo brasileiro."

3) "Dilma reproduz uma liderança masculina"... com a palavra os marinistas,  que já começaram com a choradeira de que Santa Marina está sendo vítima de uma campanha de baixo nível por parte dos eleitores e simpatizantes de Dilma e do PT. Que significa, para uma mulher, que já foi torturada, é mãe, é avó e Presidenta ser premiada, por uma das coordenadoras da campanha da tua candidata, com a cândida expressão "liderança masculina"?

Nem vou comentar a razão de ser dessa senhora, herdeira do Itaú e o fato de ser ela quem está, de fato, por trás da espinha dorsal (a economia) da campanha de Marina.
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Mas, a mídia noticia que Luiza Erundina passou a coordenar a campanha, isso depois de Marina provocar, já nos primeiros dias, a saída de quadros históricos do PSB, entre eles o amigo pessoal e coordenador da campanha de Eduardo Campos antes do acidente aéreo que o matou.

Erundina na campanha de Marina é uma punhalada nas costas dos que sofreram com ela durante o seu mandato como Prefeita de São Paulo quando ela foi, um dia, filiada ao PT.

Na verdade, Marina não tem nada de inocente, vende aos eleitores a história de que Erundina é uma de suas conselheiras para dar um ar de legitimidade à sua passagem pelo PSB, Luíza é um quadro histórico da esquerda brasileira e servirá apenas como maquiagem para que os tais "sonháticos" (assim chamados os eleitores e simpatizantes marinistas) não acordem do sonho antes que ele se torne um tremendo pesadelo.

E ainda assim, o pragmatismo de Dilma e Lula são severamente criticados até mesmo entre pessoas ligadas ao PT.

Quero ver mesmo é o quanto de pragmatismo político Erundina vai ter que praticar e engolir tendo nas fileiras "socialistas" figuras como Bornausen e Heráclito Forte e, como pano de fundo e entusiasta marinista, toda a bancada do Itaú, da Natura, da Globo e dos "iluminados" que pregam o estado mínimo e o sufocamento de assalariados (com a falácia da sustentabilidade e de que o pum dos bovinos polui mais que monóxido da carbono) como saída para o "caos" em que o Brasil se encontra.

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