domingo, 25 de agosto de 2013

O Programa Mais Médicos e a reação desumana de parte dos médicos brasileiros

O blog do Luis Nassif, apesar de ser uma kombi, nas palavras de alguns gaviões brasileiros, é um dos espaços onde essa temática foi mais discutida nos últimos 2 meses; com a educação, civilidade e espirito republicano que o dono do blog tem, em nenhum momento ele divulgou qualquer post afrontando diretamente a classe médica, e nem o deveria fazer, evidentemente.
Mas não é esse o ponto a que quero diretamente chegar.
A questão é que os médicos(as) através de suas representações de classe, fizeram todo tipo de ataque insano e terrorismo ao programa Mais Médicos: textos no PIG, declarações nos telejornais, insights no Fascisbuque, passeatas (quando alguns postaram inocentes cartazes com os dizeres mais infames atacando Lula e Dilma (Padilha ficou de fora, talvez por ser médico... um irmão de luta?) ... "Lula, achamos teu dedo, está no #$@& do povo brasileiro"... "Dilma, vai tratar do teu linfoma em cuba" "Somos ricos, somos cultos, cadeia pros corruptos"... e por ai vai); e foram muitos poucos médicos(as) que foram até o blog, embora sendo contra o programa, até entenderíamos, condenar esse tipo de atitudes e propor outro tipo de intervenção governamental pra resolver a celeuma da falta de médicos na periferias e rincões do Brasil.
Não tenho nada contra profissionais de saúde, eles são um dos pilares da espinha dorsal de qualquer nação; o que me irrita é o mercantilismo e elitismo explícito em que foi transformado o essencial exercício da profissão na medicina; comportamento esse que aflora agora quando a maioria deles (é o que minha intuição me diz vendo os tais CRMs e CFM fazendo esse papel doentio) se levanta contra uma iniciativa que pretende resolver uma das seculares reclamações deles próprios: a falta de médicos no Brasil.
É completamente surreal: médicos reclamam da falta de colegas nos plantões dos Pronto Socorros ou UPAs, mas quando um governo resolve tentar o começo da solução do problema eles simplesmente se insurgem contra com as alegações mais absurdas possíveis, vindo de quem passou 5 ou 6 anos num banco de universidade, e todas explicitando a sua arrogância e completo desligamento das razões fundamentais no exercício da medicina - solidariedade e desapego aos preconceitos e discriminações - botando pra fora uma gama de palavras que quase explicitamente expõem seu elitismo, discriminações contra companheiros de além mar (principalmente os cubanos) e um exacerbado mercantilismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário