quinta-feira, 31 de maio de 2012

O silêncio do catão


E o catão, Demóstenes, calou-se diante dos senadores e deputados; usou o direito de permanecer em silêncio pra não gerar provas contra si. Pedro Taques - PDT - MT (um dos novos queridinhos da porca midiona), aproveitando a deixa constitucional malandramente usada pelo “nobre” senador (o nobre saiu da boca do colega trabalhista), só não pediu sua absolvição em publico, acredito, por mera conveniência ministerial.

O deputado Silvio Costa (PTB-PE) abriu a sessão de criticas, passando um sermão político à Demóstenes. Taques errou, e agiu como advogado de defesa de Demóstenes e não como parlamentar. Agiu como linha auxiliar de Kakay.

Costa é tão parlamentar como Taques e Demóstenes. Era um diálogo entre iguais, e não entre réu e promotores como ocorre em tribunais, onde os argumentos de Taques seriam válidos.

Novamente o senador pedetista apequena seu papel político, de senador, ao agir apenas como advogado de defesa de um colega parlamentar enrolado com o bicheiro.

De dar pena mesmo é o depoimento de figuras como o Dep. Onyx (do DEM) e outro do PMDB que se dizem "frustados" pelo papel desempenhado pelo seu guru de outrora (Demóstenes) que era, até ontem, segundo eles e o PIG, a personificação da "esperança" para 44 milhões de brasileiro... os eleitores de Serra, acho eu. 

Humberto Costa - PT - PE (Relator do processo por quebra de decoro contra Demóstenes), diplomático como sempre, disse em entrevista à Record que o silêncio do colega não vai interferir no seu julgamento no Senado.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Dona Dilma, Ayres Britto e a versão telepática de O Estadão


O que o Estadão noticiou:
"Vera Rosa e Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Preocupada com o acirramento dos ânimos às vésperas do julgamento do mensalão, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo não entrará na briga entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
Veja também:

Dilma avalia que a situação é perigosa, tem potencial de estrago que beira a crise institucional nas relações entre Executivo e Judiciário, e transmitiu esse recado na conversa mantida nesta terça-feira, 29, com o presidente do STF, Ayres Britto. O encontro durou uma hora e dez minutos, no Planalto.
Embora petistas estejam fazendo desagravos públicos a Lula, a presidente ordenou silêncio aos auxiliares após falar com ele por telefone. A ordem é blindar o Planalto dos torpedos vindos da CPI do Cachoeira e dos ataques de Mendes.
Lula estará nesta quarta-feira, 30, em Brasília, onde fará uma palestra no 5.º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, e vai se encontrar com Dilma. Pela estratégia definida até agora, o governo fará de tudo para se desviar da polêmica e repassará a tarefa das respostas políticas ao PT. O ministro do STF jogou nesta terça mais combustível na crise, ao responsabilizar Lula por uma “central de divulgação” de intrigas contra ele.
Embora dirigentes do PT saiam em defesa de Lula, a cúpula do partido avalia que é preciso calibrar o contra-ataque, porque qualquer reação intempestiva contra o Judiciário prejudicaria os réus do mensalão.
Fora do foco. “Não acreditamos que Mendes nem nenhum integrante do Supremo esteja ligado ao crime organizado de Carlinhos Cachoeira”, disse o deputado Jilmar Tatto (SP), líder do PT na Câmara. “A CPI não foi instalada para apurar possíveis desvios de conduta de ministros do Supremo, mas, sim, para desbaratar o crime organizado de Cachoeira. Quem alimenta esse tipo de polêmica quer desviar o foco da CPI e vamos dar um basta nisso, encerrando essa polêmica.”
Mesmo ressalvando que não baterá boca com Mendes, o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação do PT, achou “estranha” a versão do magistrado sobre o encontro. “Por que Lula iria falar com um ministro que foi indicado pelo PSDB e não com os oito que ele indicou?”, questionou. “E por que Mendes só divulgou essa conversa um mês depois, às vésperas do depoimento de Demóstenes Torres no Conselho de Ética?”
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Eu sabia, essa historia de telepatia é a maior furada, saiu no Blog do Planalto um desmentido da matéria do Estadão:
"Quarta-feira, 30 de maio de 2012 às 11:05
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou hoje (30) nota à imprensa sobre o encontro ocorrido nesta terça-feira (29) entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto. Leia abaixo a íntegra da nota:
A Presidência da República informa que são no todo falsas as informações contidas na reportagem que, em uma de suas edições, apareceu com o título “Para Dilma, há risco de crise institucional”, publicada hoje no diário O Estado de S. Paulo. Em especial, a audiência de ontem da presidenta Dilma Rousseff com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, tratou do convite ao presidente do STF para participar da Rio+20 e de assuntos administrativos dos dois poderes. Reiteramos que o conjunto da matéria e, em especial, os comentários atribuídos à presidenta da República citados na reportagem são inteiramente falsos.
Contrariando a prática do bom jornalismo, o Estadão não procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência para confirmar as informações inverídicas publicadas na edição de hoje. Procurada a respeito da audiência, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou ao jornal Estado de S. Paulo e à toda a imprensa que, no encontro, foram tratados temas administrativos e o convite à Rio+20.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República"
É... tá difícil pra nós, mortais comuns sem o dom da paranormalidade, acompanhar o jornalismo pátrio, os caras pelo menos deviam consultar oráculos mais confiáveis antes de divulgar essas revelações vindas do Universo Paralelo deles.
E pra completar a cereja no bolo, Dona Dilma Vana Roussef, agora há pouco na NBR, durante transmissão da cerimônia de premiação das entidades comprometidas com os ODM-2012 (Objetivos Do Milênio - centrados na erradicação da miséria) prestou uma grande homenagem a Luís Inácio Lula da Silva, no que foi, em seguida, efusivamente aplaudida de pé pelo publico presente.

Um cartel e um Vulcano em Mossoró


"MP e PF deflagram operação para combater cartel em postos de combustível em Mossoró




Quarta-feira, 30 de Maio de 2012 às 07:47 / Por: RedaçãoE-mailImprimirPDF 
operacao_vulcanoA Polícia Federal e o Ministério Público, com apoio do Conselho Administrativo de Direito Econômico (CADE), deflagraram na manhã desta quarta-feira (30) a Operação Vulcano, para combater possível prática de cartel de combustíveis nos postos de Mossoró. De acordo com informações divulgadas pelo MP no Twitter, foram expedidos oito mandados de prisão e 20 de busca e apreensão em postos da cidade e na Câmara Municipal de Mossoró. 
Na internet, o MP afirmou ainda que “o suposto cartel teria fixado preços de combustíveis e pressionado para aprovação de leis que barram a entrada de novos concorrentes.” Tais projetos estariam barrando principalmente a concorrência de postos em supermercados e shopping centers na capital do Oeste, completou a instituição.
Em nota, a PF informou que a investigação teve início em novembro do ano passado e conta com a participação de cerca de 90 policiais e 7 promotores de justiça. O nome “Vucano”, com o qual a operação foi batizada, é uma referência ao deus do fogo da mitologia romana.
Uma entrevista coletiva foi marcada para ocorrer às 10h30 na sede da PF em Mossoró, na rua Rua Jornalista Jorge Freire, no bairro Nova Betânia.
Lista de pessoas que foram alvo de mandados de prisão e de busca e apreensão
O MOSSOROENSE teve acesso a lista das pessoas envolvidas na Operação Vulcano. Foram expedidos mandados de prisão e de busca e apreensão nos locais de trabalho e nas casas das seguintes pessoas: Pedro de Oliveira Mointeiro Filho, dono do posto Mossoró; Otávio Augusto Ferreira da Silva, da rede Fan; vereador Claudionor dos Santos; vereador e presidente da Câmara de Mossoró, Francisco José Lima Silveira Júnior (que está no exterior); ex-vereador Pedro Edilson Leite Júnior, dono do posto Santa Luzia; Robson Paulo Cavalcanti, dono do posto Nacional; Carlos Otávio Bessa e Melo, do posto Nova Betânia; Sérgio Leite de Souza, do posto Olinda; José Mendes da Silva, dono da rede de postos 30 de Setembro.
Veja a cobertura completa da Operação Vulcano na edição imprensa de amanhã (31) do jornal O MOSSOROENSE.
Foto: Luciano Lellys/O Mossoroense
Última atualização em Quarta-feira, 30 de Maio de 2012 às 11:36"

domingo, 13 de maio de 2012

Dilma: do STM até 2012

Dilma: “Eu vou fazer o que tem que ser feito”

Do Blog do Ricardo Kotscho

"Banqueiros. Latifundiários. Militares. Quem mais teria coragem de enfrentar os interesses destas corporações em assuntos considerados intocáveis até outro dia, como queda de juros, reforma do Código Florestal e criação da Comissão da Verdade, verdadeiros tabus históricos?

Sem se preocupar com o que os outros vão pensar, a presidente Dilma Rousseff resolveu ir à luta em variadas frentes nas últimas semanas, comprando muitas brigas ao mesmo tempo. Vai ganhar todas? Só o tempo poderá dizer, mas ela não é de fugir da raia.

"Com a popularidade que esta mulher tem, até eu...", poderia desdenhar algum representante dos 5% que não gostam do governo dela.

Não é bem assim, como ouviu na semana passada o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ao fazer um comentário sobre a alta aprovação de Dilma nas pesquisas, durante reunião em que ela explicou aos empresários as mudanças nas regras da caderneta de poupança, outro tema delicado que ela resolveu encarar.

"Eu vou fazer o que tem que ser feito, sem me preocupar com pesquisas", respondeu-lhe Dilma, resumindo o espírito da presidente que se tornou um lema do seu governo prestes a completar 18 meses.

Por que fazer tudo ao mesmo tempo? Cheguei a me preocupar, ao ver as decisões anunciadas, que mexem com os interesses de setores sempre tão temidos pelos governantes.

Depois das conversas que tive no Palácio do Planalto no final do mês passado, percebi que a presidente resolveu assumir em suas mãos o comando e a iniciativa política, mesmo em questões econômicas, exatamente como fez o ex-presidente Lula em seu segundo mandato.

"Este é um governo monocrático", explicou-me um dos interlocutores frequentes da presidente, quando me queixei a ele da dificuldade para obter informações. Dilma centraliza todas as ações em seu gabinete e não gosta quando seus ministros saem por aí dando declarações, mesmo em off, sobre assuntos que ainda não estão decididos por ela.

Como a presidente fala pouco, e só ela quer falar em nome do governo, os jornalistas de Brasília que cobrem o Palácio do Planalto sofrem, assim como os seus colegas de outras cidades.

Agora, ao ver o pacote de medidas polêmicas anunciadas nas últimas duas semanas, entendi a razão: Dilma toma suas decisões com cuidado, amadurece sem pressa os seus projetos e procura preparar o terreno antes de anunciá-los, como aconteceu na última semana com a Comissão da Verdade.

A lei que criou a comissão foi assinada por Dilma em novembro do ano passado, mas ela fez questão de escolher pessoalmente, um a um, sem ceder a nenhum lobby, os sete nomes que anunciou na quinta-feira. Conheço a maioria deles e posso garantir que o time é da melhor qualidade, tanto do ponto de vista moral como profissional.

Na mesma noite, ela convidou os notáveis para um jantar no Palácio da Alvorada, explicou o que espera deles e deixou claro que não quer qualquer "revanchismo" contra os militares. "A Comissão da Verdade é um orgão do Estado e não do governo", resumiu.

Este é o estilo Dilma que vai se consolidando: pode demorar para agir, mas quando age procura ter o domínio da situação. Foi assim também com a questão da queda dos juros, que só anunciou depois de longas conversas com os donos dos bancos e economistas da sua confiança.

E será desta forma que a presidente vai decidir sobre os vetos ao Código Florestal aprovado pela Câmara. Após o movimento "Veta, Dilma", criado pelos ambientalistas, agora surgiu também o "Não veta, Dilma", patrocinado pelos ruralistas. Dilma acompanha de longe o debate na internet e, com calma, vai amadurecendo a sua decisão, que pode não contentar nenhum dos dois movimentos.

Se algum assessor lembrar a ela o descontentamento de um lado ou outro, que militares, banqueiros, parlamentares da base aliada ou vendedores de couve podem não gostar das suas decisões, Dilma costuma reagir com duas palavras: "Problema deles". Os donos da mídia já perceberam isso."
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Dilma Vana Roussf Linhares
Um "poste-fantoche-de-Lula" que brilha...
e como.

terça-feira, 8 de maio de 2012

A desfaçatez dos marinhos...

Hoje, em editorial, os marinhos saem em defesa de Civita, previsível, uma é a manivela ou corrente transmissora da outra (Veja e Globo, Globo e Veja).

Claro que não deixaram de citar as ameaças à "liberdade de imprensa" (pra eles conspirarem contra Lula-Dilma à vontade, evidente) e a internet "chapa-branca" (blogs sujos e afins).

E hoje no Bom(?) Dia Brasil (ou Bundinha Brazil), voltaram a falar nos "crimes da internet", o gancho está sendo a defesa, pelo mesmo Sr. advogado do catão Demóstenes Tores, de umas de suas pudicas atrizes que diz que teve fotos íntimas divulgadas na rede após, segundo ela, um invasor ter acessado seu computador ou uma provável cópia não autorizada por um funcionário de uma empresa que consertou seu equipamento. 

A cara de pau desses senhores, e dessas senhoras, não tem limites.

Fico desconfiado, esse súbito interesse da Vênus Platinada por crimes da internet, está longe de ser somente uma preocupação com a privacidade de uma das suas inocentes sex-simbols loira, a Globo já deu provas de não ter escrúpulo nenhum em épocas e episódios anteriores, da invasão de privacidade para acusação de difamação dos Varões de Plutarco de araque pelos "blogs-sujos" é só um pulinho.... ou um distraído plim-plim.

O resumo do romance Veja-Cachoeira-Demóstenes-Globo por PHA


Civita e Cachoeira queriam derrubar Lula e dar a Cerra

O ansioso blogueiro assistiu à entrevista gravada com Fernando Ferro à Record News – clique aqui para ler “Ferro, CPI: Civita é cúmplice” – e se permitiu fazer como o Mino Carta e dialogar com os próprios botões.


(Clique aqui para ver o vídeo da entrevista, no R7.) 

Existe um nexo que organiza as atividades agora reunidas sob a CPMI da Veja.

Basta identificar os elementos do conjunto.

Demóstenes e Cachoeira filmam Valdomiro Diniz a chantagear  Carlinhos Cachoeira.

Dois anos depois, divulgam a fita na Globo e na Veja, quando Diniz trabalhava no gabinete de José Dirceu.

Dirceu veta nomeação de Demóstenes Torres para o cargo de Secretário Geral de Justiça, onde supervisionária a política governamental para o jogo – legal ou não.

Clique aqui para ler “TV Record melou o mensalão”.

Demóstenes e Cachoeira filmam o ato de suborno nos Correios  e dão origem ao mensalão, que, como diz o Mino, ainda está por provar-se.

A Globo e a Veja dão à cena do suborno máxima relevância.

Roberto Jefferson dá “um furo” à Folha (*) e diz que aquilo é o mensalão.

No depoimento à CPI dos Correios, Jefferson apontou para o Palácio do Planalto do Lula e disse “o problema está lá”, ou seja, a roubalheira está lá.

Nessa CPI, o Lula só não caiu, porque o Feijóo não deixaria e o Fernando Henrique disse ao Agripino Maia para deixar o Lula sangrar, sangrar tanto, que chegasse às eleições exangue – e Fernando Henrique voltaria ao poder nos braços do povo (de Higienópolis). 

Simultaneamente, o ínclito delegado Protógenes Queiroz investigava o banqueiro condenado por passar bola a um agente da Polícia Federal – clique aqui para ver o vídeo exibido pelo jornal nacional e que o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo ignorou.

Daniel Dantas subornou o policial errado.

Porque Protógenes Queiroz e o destemido Juiz Fausto De Sanctis temeram pelo destino da Satiagraha, depois que um policial agora preso com Cachoeira compartilhou com uma “repórter” da Folha (*) a informação de que a Satiagraha estava para ser deflagrada e a “repórter” avisou Dantas.

Foi preciso “trocar” de delegado e Dantas não foi nada “brilhante” – subornou o falso Protógenes.

Quando Dantas foi preso, aparece no jornal nacional a declaração de um empregado dele: Dantas só tem a temer a Primeira Instância porque, nas mais Altas Instâncias ele “tem facilidades”.

Dantas obteve dois HCs Canguru, num espaço de 48 horas, concedidos por aquele que se tornou famoso como Gilmar Dantas (**).

Um dos motivos para um dos HC Canguru foi para proteger a supra-mencionada “repórter” da Folha (*) da “sanha” do ínclito delegado Protógenes: uma ameaça  à liberdade de imprensa !

Este mesmo Ministro do Supremo aparece num grampo sem áudio em conversa com o senador Demóstenes Torres.

Gilmar Dantas (**) se vale deste grampo sem áudio, divulgado pela Veja de Robert(o) Civita e amplificado pelo jornal nacional, para destituir o ínclito delegado Paulo Lacerda, desmontar a Satiagraha e tirar Daniel Dantas da forca, de novo.

(O então diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, que perseguiu Protógenes Queiroz com dezenas de ações judiciais, ainda não achou esse áudio até hoje.

Recentemente, Corrêa foi dispensado chefia da área de Segurança da Copa, nomeado pelo inesquecível Ricardo Teixeira, por suspeitas de corrupção.)

Nas escutas autorizadas da Satiagraha, aparece um diálogo de Dantas com uma funcionária de seu banco, a discutir sobre quando entrar com HC no Supremo.

Ele prefere entrar quando o Supremo estivesse em recesso, para que a decisão fosse de seu Supremo Presidente de plantão, Gilmar Dantas (**).

Foi o que se deu. 

Uma das “reportagens” de capa da Veja foi a “denúncia” de que Lula tinha conta secreta no exterior.

A reportagem – segundo a própria Veja – foi escrita a quatro mãos por um de seus repórteres (depois assessor de imprensa de Cerra) e Daniel Dantas.

E a própria Veja confessa que não teve como confirmar a informação.

E mesmo assim publicou.

Depois, o senador Heráclito Fortes, que empregava a filha do Fernando Henrique e se notabilizou por liderar a Bancada Dantas no Senado, reuniu em casa para jantar o Daniel Dantas e o então Ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos.

Dantas provou que era um santinho, especialmente entre esfihas e grão de bico com muito azeite.

Hoje, Thomaz Bastos é advogado de Cachoeira. 

Que já desistiu da “delação premiada”.   

Até aí, amigo navegante, o que se tem é a conjunção de esforços com o objetivo de desmanchar o Governo Lula – através de José Dirceu – e salvar Daniel Dantas, ou seja, o Governo Fernando Henrique, que presidiu a Privataria e nomeou Gilmar Dantas (**) para o Supremo.

Como Advogado Geral da União de Fernando Henrique, Gilmar Dantas (**) deu a substância jurídica para a Privataria.

Depois, o livro do Amaury Ribeiro Junior revelou que o clã Cerra foi quem mais se beneficiou – em dinheiro – da Privataria, a maior roubalheira numa Privataria latino-americana.

A “ação criminosa” que uniu Robert(o) Civita a Cachoeira tinha por objetivo – entre outros muitos – beneficiar a empreiteira Delta.

A empreiteira Delta operava com Cachoeira e o empregado de Robert(o), o Policarpo.

(Na Inglaterra, o Parlamento considerou que Rupert Civita foi “leniente” com a ação criminosa de seus “repórteres”.)

Eram “reportagens” para o Cachoeira e a Delta ganharem dinheiro.

A Delta operava em Goiás, no Distrito Federal, no Rio e no Governo Cerra, em São Paulo.

No auge da campanha presidencial, Cerra precisava de um favorzinho no Supremo e, ao telefone, se dirigiu a Gilmar Dantas (**) como “meu presidente !”.

Demóstenes diz a Cachoeira que “Gilmar mandou buscar” no Supremo um processo que interessava aos negócios de Cachoeira.

Como disse Fernando Ferro, a Veja e Cachoeira pretendiam fazer de Demóstenes, o “Catão do Cerrado”, Ministro do Supremo.

José de Abreu revelou no twitter que Robert(o) Civita disse a um interlocutor que seu objetivo na vida era destruir o Lula.

Numa boa.

Agora, o PiG (***) se fecha em bloco para proteger o Robert(o) Civita.

Tocou nele, tocou em todos nós.

E a vingança será implacável.

A Globo tem sido a mais conspícua defensora do Robert(o).

O Merval (veja o que o Mauricio Dias pensa dele) e a Urubologa acham muito natural jornalista conversar com bandido.

Dar 200 telefones a um mesmo bandido, com a mesma finalidade: derrubar o Lula. 

Muito natural.

Como os cem telefonemas que o Eduardo Jorge dava ao Juiz Lalau, da sala ao lado do gabinete presidencial do Fernando Henrique.

Muito natural.

Claro que a Globo tem que defender o Robert(o).

A Globo não tem produção própria.

Ela pega o detrito sólido de maré baixa da Veja e transforma em Chanel # 5.

Sem a Veja e o Chanel # 5 do Ali Kamel, o Golpe ficaria mais fraco.

Caro amigo navegante, não é preciso ter a argúcia de um colonista (****) do PiG (***) para perceber.

Por trás dessa grande confusão, é como diz o Amaury das operações de lavagem de dinheiro do clã Cerra na Privataria: era tudo muito simples.

É tudo muito simples.

É só dar o fio que ordena as contas do colar. 

O negócio era e é derrubar o Lula e entregar ao Cerra.

A CPI da Veja é a CPI do Golpe.


Paulo Henrique Amorim